sexta-feira, 14 de agosto de 2009



Nosso blog hoje estar cheio de sabedoria e (bom)humor. Se você anda por ai procurando uma luz para sua vida, compre uma lanterna, mas se busca pensamentos diferentes para ajudar nas decisões e na forma de vê o mundo conheça agora Mullá Nasrudin


Mullá Nasrudin

O Mullá Nasrudin (Khawajah Nasr Al-Din) escreveu, no século XIV em que viveu, histórias onde ele mesmo era personagem. São histórias que atravessaram fronteiras desde sua época,Elas compõem um imenso conjunto que integra a chamada Tradição Sufi, ou o Sufismo, seita religiosa ou de sabedoria de vida, de antiga tradição persa e que se espalha pelo mundo até hoje. Como o budismo e o zen-budismo, o sufismo sempre aliou o (bom) humor com sabedoria.

Agora acompanhe ai algumas historias deste sábio:

O contrabandista

Volta e meia, Nasrudin atravessava a fronteira entre a Pérsia e a Grécia montado no lombo de um burro. Toda vez passava com dois cestos cheios de palha e voltava sem eles, arrastando-se a pé. Toda vez o guarda procurava por contrabando. Nunca o encontrou.

"O que é que você transporta, Nasrudin?"

"Sou contrabandista."

Anos mais tarde, com uma aparência cada vez mais próspera, Nasrudin mudou-se para o Egito. Lá encontrou um daqueles guardas de fronteira.

"Diga-me, Mullá, agora que você está fora da jurisdição grega e persa, instalado por aqui nesta vida boa - o que é que você contrabandeava, que nunca conseguimos pegar?"

"Burros."

O anúncio

Nasrudin postou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão:

"Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício?"

Logo juntou-se um grande número de pessoas, com todo mundo gritando: "Queremos, queremos!"

"Excelente!", disse o Mullá. "Era só para saber. Podem confiar em mim, que lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim."

Há mais luz por aqui

Alguém viu Nasrudin procurando alguma coisa no chão.

"O que é que você perdeu, Mullá?", perguntou-lhe

"Minha chave", respondeu o Mullá.

Então, os dois se ajoelharam para procurá-la.

Um pouco depois, o sujeito perguntou:

"Onde foi exatamente que você perdeu esta chave?"

"Na minha casa."

"Então por que você está procurando por aqui?"

"Porque aqui tem mais luz."

O sermão de Nasrudin

Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça em Nasrudin. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe para fazer um sermão na mesquita.

Ele concordou.

Chegado o tal dia, Nasrudin subiu ao púlpito e falou:

"Ó fiéis! Sabem o que vou lhes dizer?"

"Não, não sabemos", responderam em uníssono.

"Enquanto não saibam, não poderei falar nada. Gente muito ignorante, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja", disse o Mullá, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.

Desceu do púlpito e foi para casa.

Um tanto vexados, seguiram em comissão para, mais uma vez, pedir a Nasrudin fazer um sermão na Sexta-feira seguinte, dia de oração.

Nasrudin começou a pregação com a mesma pergunta de antes.

Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:

"Sim, sabemos".

"Neste caso", disse o Mullá, "não há porque prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora." E voltou para casa.

Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da Sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.

"Sabem ou não sabem?"

A congregação estava preparada.

"Alguns sabem, outros não."

"Excelente", disse Nasrudin, "então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimento para àqueles que não sabem."

E foi para casa.

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